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Começou na manhã desta quinta-feira (25) o julgamento de Maurílio Rogério de Almeida, acusado de matar a facadas a psicóloga Helen Carla Matias, de 29 anos, em Tupi Paulista, em fevereiro do ano passado.
O caso será julgado por júri popular no prédio do Fórum local. A previsão é de que o julgamento termine no final da tarde.
Foram convocados 25 jurados, mas sete vão compor o tribunal. Serão ouvidos o promotor do caso, o advogado de defesa, familiares da vítima e testemunhas.
Segundo informações da Polícia Militar na época, a vítima foi esfaqueada pelo namorado, mas familiares dela disseram que se tratava do ex-companheiro, inconformado com o término do relacionamento do casal. Portanto, no dia do crime, eles não estavam mais juntos.
O pai da psicóloga, Josué Matias, de 65 anos, afirmou na manhã desta quinta-feira (25), horas antes de começar o júri, que a filha foi encontrada ensanguentada pela filha dela, de 9 anos, no dia do crime. Ele será uma das testemunhas a depor a pedido da acusação.
“Ela [a neta] disse: ‘Vovô, a mamãe está sangrando”, afirmou Matias.
A PM informou que a psicóloga foi encontrada no chão, ensanguentada e com ferimentos no pescoço, provocados por golpes de faca.
A vítima foi socorrida pelo irmão, levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O pai da vítima contou que a filha conheceu o homem pela internet no final de 2016. Ele era de Santo André e foi a Tupi Paulista para conhecê-la. Depois, iniciaram um relacionamento.
“Até emprego arrumamos para ele”, afirmou Matias.
Entre o final de 2017 e o início do ano passado, o ex-companheiro da filha, que na época do crime tinha 43 anos, passou a não aceitar o fim do relacionamento.
O pai de Helen afirmou não desconfiar de nenhuma atitude suspeita do homem, até o dia do crime.
“Ele dizia que eu e minha esposa éramos como seus pais. A gente ajudava, colocamos ele em casa e até arrumamos um emprego”, disse.
Hoje, ele afirma que a filha, provavelmente, escondeu possíveis problemas do relacionamento.
“Ela não falava nada. Evitava comentar algo. Perguntávamos se estava tudo certo e ela dizia que estava tudo bem”, relatou.
Matias comentou apenas que, 20 dias antes do fato, a filha já havia cortado relações com o acusado, mas ele insistia em tentar reatar o relacionamento.
“Ele ficava esperando minha filha na saída da academia, na saída de um curso que ela fazia. Não estava aceitando o fim do namoro”.
A psicóloga, na época, cuidava da mãe, que passou por problemas de saúde.
“Era nosso braço direito. Fazia tudo. Até diminuiu o ritmo de trabalho para cuidar da minha esposa”, disse.
Hoje, os avós têm a guarda da neta, filha da vítima. A menina, de acordo com o pai de Helen, também será ouvida durante o júri.
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