terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Promotoria apresenta denúncia à justiça e pede prisão preventiva de cardiologista acusado de abusar sexualmente de mulheres em consultório





O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou à Justiça nesta segunda-feira (14) denúncia criminal contra um médico cardiologista acusado de abusar sexualmente de mulheres pacientes em seu consultório, em Presidente Prudente, e pediu a decretação de sua prisão preventiva.

Na denúncia, o promotor de Justiça Filipe Teixeira Antunes acusa o médico de cometer o crime de violação sexual mediante fraude, previsto no artigo 215 do Código Penal, com pena de reclusão de dois a seis anos, agravado pela conduta tipificada no artigo 61, inciso II, alínea g, que trata do abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.

O promotor informou a imprensa que o caso tramita em sigilo no Fórum da Comarca de Presidente Prudente e, por esse motivo, não divulgou o nome do médico envolvido na denúncia.

Antunes explicou que o pedido de prisão preventiva do médico foi feito à Justiça como forma de garantia da ordem pública, já que no entendimento do MPE existe o risco de ele voltar a praticar os delitos contra pacientes.

Segundo o promotor de Justiça, as investigações realizadas pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Presidente Prudente, foram iniciadas em julho de 2018, a partir do relato de uma vítima, e identificaram, desde 2008, outras 14 mulheres que teriam sido abusadas sexualmente pelo cardiologista. 

“Ele acariciava as partes íntimas das vítimas durante o atendimento médico dentro de seu consultório para a sua satisfação sexual. Essas carícias não tinham nenhuma relação com o atendimento médico. Ele abusava da confiança das vítimas. Ele tocava as partes sexuais das vítimas e esfregava o seu pênis nas mulheres”, descreveu o promotor de Justiça.

Em depoimento à polícia, segundo o MPE, o médico negou os fatos e disse que vai se manifestar em juízo. As mulheres identificadas como vítimas tinham entre 18 e 50 anos quando foram abusadas, segundo o MPE. 
Na avaliação de Antunes, como existe a possibilidade de outras mulheres terem sido vítimas do cardiologista, a orientação é para que procurem a DDM para que os casos sejam apurados.

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