sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Advogado de defesa afirma que caso envolvendo médico preso em Presidente Prudente tornou-se ‘espetáculo’



O advogado Emerson Longhi, que trabalha na defesa do cardiologista Augusto César Barreto Filho, afirmou que a prisão preventiva do médico “é totalmente desnecessária” porque o seu cliente compareceu a todos os atos a que foi convocado pela Polícia Civil e está afastado de suas funções. O defensor também disse que “está se fazendo um espetáculo” em relação à situação que envolve Barretto Filho.

Longhi adiantou que a defesa estuda as medidas judiciais cabíveis para derrubar a prisão preventiva de seu cliente, como um habeas corpus ou um pedido de revogação da medida que levou Barretto Filho à cadeia.

A prisão preventiva do cardiologista foi decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Prudente, João Pedro Bressane de Paula Barbosa, que recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e tornou o médico réu em processo no qual é acusado de cometer o crime de violação sexual mediante fraude, previsto no artigo 215 do Código Penal.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Presidente Prudente, já recebeu 37 denúncias de mulheres que disseram ter sido abusadas pelo cardiologista quando se submetiam atendimento médico em seu consultório.

“A defesa nesse momento deseja ressaltar que a prisão preventiva é totalmente desnecessária porque ele [Barretto Filho] compareceu em todos os atos aqui na delegacia e atualmente não se encontra trabalhando mais. Já faz meses que o doutor Augusto se afastou das suas funções. Esses fatos estão comprovados documentalmente”, afirmou Emerson Longhi.

“A possibilidade de uma reiteração de conduta por parte dele é inexistente porque ele não trabalha mais. Não existe a possibilidade de reiteração de conduta, porque ele não está mais trabalhando há alguns meses, já fechou o consultório”, complementou o advogado.

Longhi pontuou que, a partir de agora, a defesa vai estudar quais medidas serão interessantes para o caso, como a impetração de um habeas corpus ou um pedido de revogação da prisão preventiva, “mas tudo no momento certo, sem atropelar nada”.

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